domingo, 16 de outubro de 2011

A história se repete I

Aqui vou divulgar a vocês dois fatos que se repetiram com uma estranha peculiaridade na história. 
Devo considerar que eu descobri a proximidade destes eventos bem recentemente - eis o motivo de me interessar por história: Você nunca sabe quando vai se surpreender, já que ela é uma grande teia de acontecimentos que se relacionam entre si, basta apenas descobrir quais são esses eventos. 

As reformas econômicas de Obama e o prelúdio da revolução francesa.


Obama propôs, afim de pagar a divida exorbitante que os EUA acumularam nesses últimos anos, o aumento dos impostos para os ricos. Os republicanos reagiram a esta proposta como uma afronta, pois para eles é mais conveniente ver o seu próprio pais mergulhando numa crise irreversível do que tirar um centavo de um milionário. Isso não é difícil de entender...Faça os ricos serem uma classe mais privilegiada do que já são e ainda os conceda o direito de isenção tributária. Os que salvaram o pais são os miseráveis e o resto da população. A proposta republicana foi bem eloquente - reduzir as despesas de planos sociais (que ja são quase inexistentes) para pagar a divida. 

Vos digo então que na verdade os republicanos estão repetindo a mesma atitude adotada pelos nobres e clérigos da França pré-revolucionária. 

A frança do final do século XVIII era similar aos Estados Unidos atualmente, só que mais fodida. O ano de 1788 foi um ano de fome para milhões de franceses. A seca daquele ano tinha sido severa, o que fez os preços dos alimentos subirem violentamente. Calonne, o então ministro naquela época, convocou uma reunião entre os nobres e os clérigos, que ficou conhecida como a Assembleia dos Notáveis
Nesta assembleia, Calonne propôs que a aristocracia francesa se abdicasse de seus privilégios tributários e começassem a pagar impostos para salvar a estuprada França do abismo, da falência inevitável.
Qual foi a reação dos nobres e clérigos? É claro que eles foram bem receptivos, para dizer o minimo...Um padre não queria perder um centavo sequer de toda a fortuna que tinha acumulado com a inquisição, embora um religioso, segundo os clérigos, não podia se atrair por bens "mundanos". Os nobres também não queriam abrir mão de seus privilégios. Em outras palavras, como já dito anteriormente embora seja importante frisar, eles tiveram a mesma atitude dos republicanos. O que aconteceu? Um ano depois a bastilha era tomada pelos sans-cullotes!

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