quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quarta surreal - ode a triplice aliança

Sendo a primeira Quarta Surreal do ano, falarei de duas musicas muito especiais que conheci a pouco tempo atrás. O led Zeppelin está entre as três bandas que mais admiro no mundo. Se tivesse que escutar pelo resto de minha vida 3 bandas, elas seriam o Bathory, Death, e o Led Zeppelin. Não que não existam bandas excelentes alem destas, mas as primordias, as essenciais ao meu ver são estas 3. São estas que me completam e são estas que escuto com mais frequencia. Talvez eu chegue no momento em minha vida que estarei feliz em só escutar essas 3 bandas. Estas 3 bandas compõem os fundamentos do meu ser musical. O que seria de mim sem Bathory, Death ou Led Zeppelin? Um pagodeiro talvez, mas vamos a musica sem mais delongas...

OVER THE HILLS AND FAR AWAY


O andarilho está deixando novamente outra cidade que o recebeu com tanta hospitalidade e olha para as montanhas ao longe...O horizonte o chama e ele não o desobedeçe pois seu unico amo e senhor é O destino que faz os seus pés sairem do lugar. A musica o motiva a andar por 30 milhas e a subir aos tortuosos caminhos que levam ao topo da grande montanha. De lá era possivel ver uma grande floresta no pé da montanha e ao longe o oceano. Por 5 dias perigna sozinho por aquela floresta escura já muito longe da cidade que deixara pra trás.

THE OCEAN



Depois de 5 dias sobrevivendo apenas de pão e charque, o andarilho chega a praia e o oceano parece maior do que era quando o admirava no topo da montanha.  Ele decidiu que os dias de andarilho errante tinham terminado e decidiu se tornar um pirata. Juntou a sua tripulação e navegou pelos 7 mares até desaparecer. Desde daquele dia que deixou o porto ninguem mais ouviu falar dele.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Voimasta ja Kunniasta - Moonsorrow

O apicie do trabalho desta banda. Um marco na historia da musica neste novo seculo! Existem apenas resenhas em ingles sobre este album, entao, me permitam redigir a primeira em nossa lingua natal - se souberem de uma resenha em portugues, deixe um comentario. 

Entre a elite do folk pagan metal estão as bandas Korpiklaani, Arkona, Manegarm, Bathory, Falkenbach, Moonsorrow e Windir. O que há de tao extraordinários nelas? O que me levou a admira-las? Neste post vou me limitar a falar do Moonsorrow e creio eu que minha missão na terra terá sido comprida se eu ter redigido as resenhas destas 7 bandas.

Enfim, vamos ao album...


Voimasta ja Kunniasta é o segundo album do Moonsorrow lançado no ano de 2001, o que tudo indica foi um ano memoravel para a banda. No começo do ano ja tinham lançado o Suden Uni, que seria o melhor album da banda se não fosse o Voimasta.Voimasta ja Kunniasta é o que podemos chamar de um trabalho transcendental e extraordinário, onde cada musica tem vida própria e cada musica nos envolve  de uma forma inacreditável. O álbum não perdoa...Apos a bela introdução, começa o hino de guerra: Sankarihauta - que em finlandes quer dizer "A sepultura do guerreiro". A impressão eh que você esta na pele do guerreiro, ou que a bela melodia faz a sua historia ecoar em nossa imaginaçãao. Sentimos a gloria, a determinação em cada passagem melódica, em cada mudança de ritmo. Uma musica que motivaria qual quer um antes de uma batalha contra as hordas cristãs no outro lado do campo de batalha.
A musica não é um funeral só de um guerreiro em especial, mas eh um funeral de todos os homens gloriosos que deram a sua vida por suas familias, pelos seus vilarejos, e pelos seus deuses na terra dos fiordes pagãos.

Kylan Paasa é uma musica que não é menos gloriosa que a anterior. Diria que ela e até mais bem trabalhada, tendo mais passagens melodicas em seu cerne. Destaco essa musica por seu acordeon que acomete a nossa mente que já esta encantada e estupefata pelo poder desta musica.

Hiidenpelto não é contemplativa como as outras. Vamos dizer que ela é mais sombria e soturna. Uma musica que inspira os homens a caminharem pelas montanhas quando elas são possuidas pela escuridão da noite, onde a lua cheia é a unica iluminação que você possui.

A musica Aurinko ja Kuu (O sol e a lua) começa como uma linda balada que se ouviria num vilarejo em festa. Então a musica se torna épica pois tem este direito! Aos 4 minutos começa um coral que vai se repetir outras vezes na musica. Daqueles canticos que se ouvem de jovens e velhos nas tavernas pela escandinavia...Enfim, eu considero essa musica como a mais fraca do album...Mas até a musica mais fraca do album é extremamente sublime e bela...Isso para mim é inacreditavel.

O epilogo do album é o um dos momentos mais belos e sublimes...Uma embarcação reduzida ao carvão flutuando no mar calmo da manhã. Podemos ouvir a frase melodica do começo e as ondas batendo nas rochas...Um epilogo que merece ser lembrado até que as ruinas de nossa civilização se reduzam a pedras irreconheciveis! O primeiro riff merecia ser reproduzido por violinos e por orquestras inteiras, digo isso sem o medo que minhas palavras se convertam num exagero abominavel.
Se esta musica não o incentiva a lutar num campo de batalha, ela o faz admirar o passado dos guerreiros nordicos que deram o sangue por sua terra. A batalha em Sankarihauta já terminara, agora é o momento de ouvir os anciãos já que a terra há muito fora batizada pelo sangue de nossos irmãos e inimigos.

Então, o baixo declara a minha despedida. O vulto, o fantasma que ouve e escreve. O album assim termina e eu me perco no horizonte.

Baixe e se perca no horizonte

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Death - Individual Thought Patterns

Eu tinha prometido a resenha do Symbolic, todavia, este album me inspirou mais nestes ultimos dias.


O individual é um album carregado por questões filosoficas, com letras contemplativas e intrigantes. Um album com um carater existencialista eu diria...Tudo no album me alegra...Me impressiona. Os riffs de jazz que deixam as musicas mais interessantes, como também o baixo e a bateria. Com riffs geniais de jazz contrascenando com excelentes passagens rapidas e extremas alem de letras profundas e filosoficas, o que nós temos? Uma obra de arte transcendental, no qual, nem o tempo é capaz de corroer.

Há melodias bonitas, que chegam até ser alegres, todavia, não deixa de decepcionar qual quer amante do Death Metal. É o que sempre digo: o que as bandas melodicas não conseguem fazer é melodias boas, que não sejam nocivas ao espirito. Não atinge seu unico intento, cujo o death metal, black metal e o folk conseguem fazer com uma naturalidade impressionante.

O album já começa com a excelente Overactive Imaginantion...A primeira vez que ouvi o primeiro riff, eu enlouqueci. Lembro que ouvia as tres primeiras musicas desse album quase todo dia. O primeiro riff é contagiante e me deixa extremamente feliz e contente em aprecia-lo. Se nesta musica dá para sentir o jazz, a In human form é praticamente um jazz mais pesado. Algo que você poderia ouvir num cafe de jazz/blues, todavia escuta no album do Death. Um jazz com pedal duplo? Bom pra caralho! Gosto muito do riff que parece ter vida propria e correr como um animal livre e solto pela minha mente em decomposição. Um riff bem jazz...O jazz tem um poder que me fascina.
Jealousy era a musica que eu ouvia sempre antes de ir a escola. Incentivo maior que esse não tinha, acredito. O baixo distorcido é uma coisa que fascina na musica...Dá uma atmosfera peculiar a ela...
O baixo no album inteiro é muito bom. Eu não tenho medo de dizer que esse album atingiu o virtuosismo, pois, o destaque vai para todos os intrumentos.
A nothing is everythin merece destaque por sua melodia erudita - se o jazz não fosse o bastante para tornar esta obra sublime.
Mentaly Blind é uma musica bonita, triste, soturna.
Individual Thought Patterns tem um fraseado de jazz bem alegre no meio da musica. O restante da musica é também muito interessante, diria...Com riffs que nos atingem como golpes de martelo. Frases de jazz tem esse poder...
A destiny é uma musica que me indentifiquei a pouco tempo. Em outrora, não tinha afinidade com essa faixa, todavia me fascinei como ela é bela...Ela começa com um arpeggio, então entra o riff pesado, sublime. O riff depois deste é lento e calmo. Até que o jazz possui a musica de uma forma supreendente. Peguei este riff. Ele não é rapido, ele não é tão complexo ou dificil, mas sublime...Schuldiner era muito filha da puta...Admiro a criatividade dele para criar algo tão forte a ponto de eu querer voltar a admirar a musica - que estava desprezando atualmente.


A  Out of Touch tem talvez uma das frases mais alegres. Lembra até uma melodia egipcia aquela porra...É dançante, hipnotizante...Faz bem para o espirito alegre e discontraido.

Para terminar o album com glória, nos temos a extraordinária Philosopher, que para mim, é a condenação, em forma de musica, ao idealismo extremado de Platão e outros idealistas. Não preciso dizer é claro que a instrumental está ao nivel das outras faixas do album e que quando a musica termina, nosso espirito se sente satisfeito de ter se realizado numa grande obra.

Donwload dessa grande obra