sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Os contos do italo-uruguaio

Historia baseada em fatos reais (ou não).

Era uma vez um ítalo-uruguaio que viva na cidade de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele vivia numa pequena casa, na periferia, e a compartilhava com seus 7 cachorros. 

Certo dia, quando foi para um mercado local, três cachorros o acompanharam. Os cachorros não paravam de molestar o silencio do pacato lugar, latindo para algumas pessoas que passavam, como também, entravam a todo o momento no estabelecimento. Os cachorros dele geralmente não agiam daquela forma, e bem naquele dia, ele não estava muito tolerante, tendo em vista que tinha dormido pouco naquela noite.

Ele, então, chutou um dos seus cachorros, e eles logo pararam de molesta-lo. Quando ele pretendia retornar ao mercado, uma moça, de cabelos castanhos, da mesma faixa etária e altura que o nosso ítalo-uruguaio, veio abruptamente em sua direção com uma feição de raiva e desgosto. 

- O que você vai fazer seu eu te der uma soco na cara? - perguntou ela furiosa.

O Italo-uruguaio, um pouco surpreso, respondera:
- Que jeito estranho de dizer boa tarde...Ah, cadê os meus modos? Boa tarde, senhorita - respondeu ele com um sotaque peculiar.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Cronicas do Conhaque com Gelo 5 - O lenhador estrábico e a pequena montanha de stoner metal

O lenhador estrábico

No pé de um morro, próximo a uma floresta de pinheiros, vivia um historiador aposentado que passava as suas tardes cortando lenha ou andando pelos bosques. Certo dia, numa manhã de outono, ele foi visitado por dois Testemunhos de Jeová que estavam distribuindo panfletos de propaganda religiosos. No decorrer da pequena discussão que o historiador e os religiosos tiveram, o historiador havia dito aos crentes que o interrogavam sobre sua descrença: "Eu estou inclinado a considerar que a verdade absoluta que vocês querem impor ao mundo, não passa na verdade de uma das muitas interpretadões que existem da verdade, e esta verdade não se diferencia muito dos outros mitos que já foram disseminados no mundo, mas mesmo assim, é estranho pensar que há muitas pessoas que se ofendem e até vêem com desdem a possibilidade de ser um mito como os outros. Eu poderia tentar convencer vocês disso, todavia, você já fizeram uma escolha, a escolha de considerar seus dogmas como acima de qual quer coisa e vê-los como verdades literais; e eu, por outro lado, optei em observar esses mitos como uma forma que vários grupos de pessoas encontraram para dar algum sentido a existência, eximindo-a da ausência de proposito, que a priori, o mundo tem".

Se eu fosse uma filosofia...

...eu teria tais preceitos (que não se importam em serem originais ou não, e nem se importam se são coerentes ou não):

1 - As primeiras impressões não são tão negativas quanto possam parecer. Na verdade, sem os pré-conceitos, daríamos um passo maior que a perna no que se refere ao conhecimento sobre o mundo. Como poderíamos pensar sobre arvores, sobre cidades, prédios, sem desenvolver, antes, conceitos primitivos sobre os mesmos? Aliás, existe algo que precede o conceito, propriamente dito? Lembre-se, estamos falando de pré-conceito, algo que precede o conceito.