Historia baseada em fatos reais (ou não).
Era uma vez um ítalo-uruguaio que viva na cidade de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele vivia numa pequena casa, na periferia, e a compartilhava com seus 7 cachorros.
Certo dia, quando foi para um mercado local, três cachorros o acompanharam. Os cachorros não paravam de molestar o silencio do pacato lugar, latindo para algumas pessoas que passavam, como também, entravam a todo o momento no estabelecimento. Os cachorros dele geralmente não agiam daquela forma, e bem naquele dia, ele não estava muito tolerante, tendo em vista que tinha dormido pouco naquela noite.
Ele, então, chutou um dos seus cachorros, e eles logo pararam de molesta-lo. Quando ele pretendia retornar ao mercado, uma moça, de cabelos castanhos, da mesma faixa etária e altura que o nosso ítalo-uruguaio, veio abruptamente em sua direção com uma feição de raiva e desgosto.
- O que você vai fazer seu eu te der uma soco na cara? - perguntou ela furiosa.
O Italo-uruguaio, um pouco surpreso, respondera:
- Que jeito estranho de dizer boa tarde...Ah, cadê os meus modos? Boa tarde, senhorita - respondeu ele com um sotaque peculiar.
- Boa tarde é o caralho. Eu vi o que fez com aquela pobre e inocente criatura. Agora, me responda, se eu desse um soco na cara, você revidaria?
- Bom, na primeira vez não. Na segunda vez que você me bate-se, eu te convidaria para tomar um chopp e um chimarrão, assim que você estivesse calma, nós poderíamos dialogar. Não é possível dialogar com pessoas alteradas. Mas, se você nem ao menos considera-se meu convite, e me desse outro soco, bem aqui, em meu queixo, eu iria fincar uma faca na sua barriga e você iria agonizar até morrer - disse o italo-uruguai, ao inclinar a sua face, de forma muito extravagante, da jovem alterada - Mas sabe, isso não seria bom pra nenhum dos dois lados, te digo o por que: Primeiro, você morreria e eu estaria sendo perseguido pela policia, e isso me obrigaria a retornar ao Uruguai, meu país natal. No Uruguai eu viveria vários anos felizes como peão em uma fazenda pecuarista, até deixar o país as presas no aeroporto de Montevidéu por que a policia brasileira, junto com a policia uruguaia, me perseguem pelo famoso assassinato em Guaíba. Na Italia, eu me caso com uma linda italiana e vamos viver em Paris. Em Paris, eu me formo em historia e economia pela Sorbone, e crio meus 2 filhos. Até lá, eu serei um viciado em mescalina e LCD, e por razões que não sei explicar, algo, ou alguma ideia insensata, me levam a viver no Vietnam e na China. Na China, eu sofro um acidente de ônibus, e perco quase toda a minha memória, ao ponto de acreditar que eu nasci na cidade de Yichun, apesar de meu mandarim ser uma merda. Com muita introspecção, meditação e Yoga, eu me lembro que nasci na cidade de Montes no Uruguai, e que sei falar várias linguás, como português, castelhano, espanhol, francês e inglês.
Depois de quase 5 anos desaparecido, eu retorno para minha família na França, e todos lá me odeiam. Da França, eu vou viver no Egito, aonde me converto ao Islã. Depois de muita yoga e meditação eu decido deixar o Islã e viver na Islândia, aonde eu volto a ficar viciado em LCD e quase morro de desnutrição e frio. Quando vou viver na Finlândia, eu vivo 3 anos de minha vida sobrevivendo de raízes, batatas silvestres e dos animais que eu abato e crio. Volto a ter interesse na carne de cachorro, carne que eu amava quando eu era só um chinês no corpo de um ítalo-uruguaio. Infelizmente, esse interesse me levou a prisão, quando eu sou flagrado sequestrando vários cães na cidade de Lahti.
Meanwhile in Finland...
Eu, então, fujo da prisão com um colega de quarto, Ore Haltenen, e vamos viver alguns meses em Murmansky. De lá, parti para Moscou e consegui completar o meu doutorado em história, me tornando professor honorário da Universidade Moscovita. De alguma forma, que eu não sei explicar, eu me torno comunista, e empreendo um fracassado golpe de estado que tinha, com objetivo, restaurar a falecida União Soviética. Com isso, o governo do neto de Putin, decide reativar o Gulag que funcionava na Sibéria, e antes dele me mandar para lá, ele faz a seguinte declaração para a imprensa: "Se ele alega amar tanto a União Soviética, por que não dar a ele, esse presente nostálgico? É claro que ele preferia administrar o Gulag ao invés de ser o prisioneiro de um, mas é o máximo que eu posso fazer".
Depois de cumprir 5 anos de minha sentença, novamente eu consigo fugir para a Mongólia. Lá, eu tento viver como um mongol da época de Genghis Khan, todavia, essa empresa havia tido resultados inesperados quando, numa noite que eu estava completamente bêbado e chapado, liderei um grupo de mongóis, que também estavam completamente bêbados e chapados. Juntos, nós saqueamos um vilarejo. Com a policia Mongol no meu encalço, eu volto a viver na China, com nome e identidade falsos. Vivo mais especificamente na Manchúria. De lá, eu parto para o Japão. No Japão, eu vivo um ano numa cultura de ostras, na ilha de Okinawa. De lá, eu vou a Tóquio e pego um avião que me leva direto para Sydney, Austrália. Em um ano, eu matei 5 cangurus, mas depois de muito meditar, e de fazer tai chi, eu decido parar de matar cangurus e me juntar ao Sea Shephear, afim de combater os navios japoneses que matam baleias no Mar Ártico. E depois de dois anos, alguém da tripulação descobre o passado nefasto que tinha omitido. Foragido de duas prisões da Europa, e foragido em mais dois países, eu consegui deixar o barco antes que atracassem no porto de Sydney, aonde as autoridades me esperavam. Vivi por dois meses a deriva no oceano, até encontrar uma ilha na Indonésia, aonde vivi por mais alguns anos sem ser perseguido por ninguém. Então, estando velho e cansado de fugir, eu retorno ao Rio Grande do Sul e vivo os restos dos meus dias num sitio, até que uma outra garota, que me deseja "boa tarde" de uma forma tão excêntrica quanto tu, me faz a mesma pergunta que tu, e eu apenas respondo a ela: "Ok, você venceu, agora mê dê uma shotgun que eu quero me matar".
Depois de cumprir 5 anos de minha sentença, novamente eu consigo fugir para a Mongólia. Lá, eu tento viver como um mongol da época de Genghis Khan, todavia, essa empresa havia tido resultados inesperados quando, numa noite que eu estava completamente bêbado e chapado, liderei um grupo de mongóis, que também estavam completamente bêbados e chapados. Juntos, nós saqueamos um vilarejo. Com a policia Mongol no meu encalço, eu volto a viver na China, com nome e identidade falsos. Vivo mais especificamente na Manchúria. De lá, eu parto para o Japão. No Japão, eu vivo um ano numa cultura de ostras, na ilha de Okinawa. De lá, eu vou a Tóquio e pego um avião que me leva direto para Sydney, Austrália. Em um ano, eu matei 5 cangurus, mas depois de muito meditar, e de fazer tai chi, eu decido parar de matar cangurus e me juntar ao Sea Shephear, afim de combater os navios japoneses que matam baleias no Mar Ártico. E depois de dois anos, alguém da tripulação descobre o passado nefasto que tinha omitido. Foragido de duas prisões da Europa, e foragido em mais dois países, eu consegui deixar o barco antes que atracassem no porto de Sydney, aonde as autoridades me esperavam. Vivi por dois meses a deriva no oceano, até encontrar uma ilha na Indonésia, aonde vivi por mais alguns anos sem ser perseguido por ninguém. Então, estando velho e cansado de fugir, eu retorno ao Rio Grande do Sul e vivo os restos dos meus dias num sitio, até que uma outra garota, que me deseja "boa tarde" de uma forma tão excêntrica quanto tu, me faz a mesma pergunta que tu, e eu apenas respondo a ela: "Ok, você venceu, agora mê dê uma shotgun que eu quero me matar".
A mulher ficou perplexa. A história era absurda e criativa demais, e tinha a confundido. A medida em que o extravagante ítalo-uruguaio contava aquela fantástica história, mais e mais pessoas se reuniam a volta dos dois jovens para ouvi-la. Não era só a mulher, mas também, quase toda a clientela do lugar que olhava para aquele jovem ítalo-uruguaio, com estranhamento, quase como se perguntassem de que hospício aquele gringo tinha saído. Dentro daquele circulo formado por anônimos, a jovem e o ítalo-uruguaio estavam no meio, se entre-olhando sem falar uma palavra para o outro.
- Vá se foder, seu gringo maluco! - disse ela antes de partir com toda presa do mundo.
A mulher desaparece, e o ítalo-uruguaio finalmente entra no mercado, sempre sendo fitado com olhares suspeitos. Antes de sair, ele é perguntado por um homem o que fizera a mulher gritar com ele. Ele apenas respondeu:
- Acho que ela, ao mesmo tempo que ela queria me desejar boa tarde, ela também queria arrancar meu saco por ter afugentado um dos meus cachorros. Acho que é isso...
- Qual é o seu nome, paraguaio? - perguntou um velho.
- Não sou paraguaio, sou Uruguaio. E de qual quer modo, meu nome pouco importa. Mas vocês podem me chamar de Guiseppe, o guru do mate.
FIM
Hey, pera ai...O post não acabou ainda. A cada postagamente do "Os contos do Ítalo-uruguaio", haverá uma especie de quiz no final das historias para você, querido leitor, responder nos comentários. Está preparado? Não?Então que se foda. Não tenha medo, pode responder se quiser, seus filha da puta!
1) Por que o ítalo-uruguaio foi viver na Islândia?
2) O ítalo-uruguaio gosta de comidas exóticas?
3) Quanto é 34+12?
4) Qual é o melhor filme do David Lynch?
5) Você gostaria de ser um pirata árabe que caça baleias cangurus?
Hey, pera ai...O post não acabou ainda. A cada postagamente do "Os contos do Ítalo-uruguaio", haverá uma especie de quiz no final das historias para você, querido leitor, responder nos comentários. Está preparado? Não?
1) Por que o ítalo-uruguaio foi viver na Islândia?
2) O ítalo-uruguaio gosta de comidas exóticas?
3) Quanto é 34+12?
4) Qual é o melhor filme do David Lynch?
5) Você gostaria de ser um pirata árabe que caça baleias cangurus?
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