No Cinema no meio da floresta desta semana, eu apresento a vocês a minha opnião sobre dois filmes com Christopher Waltz, ator austriaco que apareceu a pouco tempo em filmes de grande repercursão e ja surpreendeu o mundo com sua atuação em Bastardos Inglórios (que lhe rendeu o oscar de ator coadjuvante e o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes) e, mais recentemente, no Deus da Carnificna.
AVISO: Há spoilers nessa merda...Pode haver um...Cuidado...
Bastardos Inglórios
Dos filmes que eu vi do Tarantino, este é o unico que merece o meu respeito, pois quando pensamos em filmes de Tarantino, a primeira coisa que vem a nossa mente é aquela violencia desnecessária e sem sentido. Filmes como Kill Bill e Grindhouse, compõe o gosto de Tarantino, que não me despertam admiração. Mas neste filme vemos um Tarantino mais interessado e empenhado em fazer uma história mais bem elaborada, como também, focado em romper tabus...Já no começo do filme ele nos surpreende...Uma cena de 7 minutos apenas preenchida com um dialogo numa humilde cabana, entre o oficial nazista Hans Landa (Christopher Waltz) e um fazendeiro francês. Quer dizer...Sete minutos sem tiro, matança, e sangue? Isso não parece ser um filme do Tarantino, e isso é bom!
A metafora que esta obra quer nos deixar é a vingança dos povos que por muito tempo foram oprimidos.
Para corroborar esta minha premisa, consideremos primeiro o esquadrão composto por judeus americanos liderado por Aldo Reine (Brad Pitt). Se não bastasse, Aldo Reine ainda alega ser um descendente de indios norte-americanos, incentivando assim, que seus soldados cortem o escalpo dos soldados alemães mortos, um costume muito comum entre os indios Siox. Judeus matando os seus opressores e agindo como indios, criando assim, então, um simbolismo que mostra a voz de dois povos que por tanto tempo foram silenciadas.
Shoshana Dreyfus (Melaine Laurent), então, a unica sobrevivente do massacre de sua familia, se encontra, em 1944, administrando um pequeno cinema, com a identidade de Emmanuele Mimieux. Depois de conhecer o soldado de elite Frederik Zoller (Daniel Brühl), conhecido em toda Alemanha por ter, sozinho, matado um esquadrão inteiro, ele logo a apresentou a Joseph Gobbels, e este encontro com um dos mentores do nazismo também culminou com o encontro com o carrasco de sua familia: Hans Landa.
O encontro com o carrasco é, talvez, a cena mais marcante em todo filme...Por fora ela estava calma e sem demonstrar muitas emoções, embora por dentro ela sentisse uma tristeza e uma raiva indescretiveis.
A partir deste encontro, o desejo de vingança aflora em sua pele, e assim, ela concebe um plano paralelo á Operação Kino, operação esta que se vê logo ameaçada depois do episódio do Porão, em que a unica sobrevivente deste episódio tragico foi a atriz e espiã Bridget von Hammersmark (Diane Kruger).
Hans Landa, mesmo sabendo da Opeação Kino, nada fez para que ela fosse detida...Na realidade, se valeu de sua astucia para fazer um acordo muito bom com alguns comandantes aliados, e garantir para si mesmo, um bom porvir. Todo aquele pequeno antro, então, se torna uma grande armadilha, aonde todos os opressores ora são mortos pela chuva de balas contra todos os presentes, ora pelo incendio iniciado pelas mãos de um negro, e depois pela explosão do lugar. Tarantino, criou assim, um mundo alternativo aonde a vingança dos oprimidos encontrou o seu êxito. Praticamente todos os personagens do filme morreram, com excessão de Hans Landa, Aldo Reine e o Sargento Donowitz.
Tendo no elenco Fassbender e Daniel Brühl, esse filme ja merecia meu respeito (esses dois atores também merecem um post especial). A presença feminina no filme é fenomenal. Tanto Malaine Laurent como Diane Kruger me encantaram por suas interpretações, sem falar na beleza de ambas...Diane Kruger eu ainda vi ela atuando no filme o Senhor Ninguem, mas quanto a Laurent, eu só vi ela no Bastardos Inglorios e só..Não sei, ela tem um jeito que me fascina...Não é uma mulher vulgar, putona, nem extrovertida...Parece ser uma mulher mais introvertida, porem simpática...Gostei dela...Gostei mesmo.
Quanto ao nosso homenageado, Christopher Waltz, creio que não preciso me alongar em elogios a sua atuação neste filme.
Deus da Carnificina
Um dos filmes que vi nestes dias foi "Deus da Carnificina". O filme é bem minimalista...Dois cenários e apenas 4 personagens que ficam interagindo entre si...
Jodie Foster e Jonh Reilly interpretam Penelope e Michael Longstreet (que eu convenientemente, chamarei-os de senhor e senhora Longstreet para citações futuras), e Christoph Waltz e Kate Winslet interpretam o casal Cowan.
Tudo começa quando o filho dos Longstreet é agredido por um bastão pelo filho dos Cowan. No começo do filme, tudo parece ir bem para a conciliação dos pais dos dois garotos.
Se fosse eu, já acabaria com a discusão e deixaria o casal Cowan sair pela porta do apartamento e seguir com suas vidas...Mas então eles se deixam levar por discusões infrutiferas e o conflito se intesifica cada fez mais. Um conflito evitavel? Não sei...Talvez não seja tão simples quanto pareça. Eu as vezes acho que sou uma pessoa calma e serena, todavia, ocassionalmente, me vejo me estressando por coisas que depois percebo que são futéis e banais. Acabo criando discusões evitaveis e que poderiam ser encaradas de uma forma serena e sem apelo á agresão fisica ou verbal. É como o personagem, interpretado genialmente por Christoph Waltz, diz: "A moral serve para que censuremos nossos impulsos, porem, nem sempre queremos reprimir esses impulsos..." em outras palavras, a mascara da formalidade cai durante o tempo, e nosso agir acaba a não se regular mais por esta formalidade que é tão conveniente socialmente.
Ao que se refere a atuação dos autores, se espera uma atuação carnal deles para compensar o minimalismo disso tudo e ao fato deles estarem quase que "presos" ao apartamento. O personagem de Waltz é o que mais me impressiona, por sua frieza e calma. Na intencidade dos conflitos mostrados no filme, ele é o unico que se mantem calmo e que também não se altera (com excessão da cena que seu celular é jogado num pote cheio de água).
Por várias vezes, tive a esperança que eles finalmente saisem do apartamento e que o filme continua-se em outros contextos...Porem, já me decepcionei com o fato deles sairem e voltarem para aquela "prisão" cheia de conflitos várias e várias vezes. O filme pode incomodar, pois de fato, é dificil se entreter com um estado de coisas aonde os ânimos estão instaveis e as pessoas constantemente discutem entre si. O filme inteiro passa apenas num apartamento, e isso se torna cansativo á aquele que está assintindo. Depois que vi da primeira vez, não estou ansioso em ver de novo, mesmo julgando ser um bom filme com boas interpretações.
Por várias vezes, tive a esperança que eles finalmente saisem do apartamento e que o filme continua-se em outros contextos...Porem, já me decepcionei com o fato deles sairem e voltarem para aquela "prisão" cheia de conflitos várias e várias vezes. O filme pode incomodar, pois de fato, é dificil se entreter com um estado de coisas aonde os ânimos estão instaveis e as pessoas constantemente discutem entre si. O filme inteiro passa apenas num apartamento, e isso se torna cansativo á aquele que está assintindo. Depois que vi da primeira vez, não estou ansioso em ver de novo, mesmo julgando ser um bom filme com boas interpretações.
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