quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Quarta surreal - At dawn they sleep e Crypts of eternity

 Depois de muito tempo acometido pelo desanimo, decido ouvir o Hell Awaits que tem duas musicas muito importantes para mim. Lembro que, nos tempos em que eu conseguia se concentrar nas musicas que eu ouvia, eu simplesmente era levado para as profundezas do inferno com as musicas que irei compartilhar com vocês agora, meus caros anonimos seres que espreitam pelas padarias virtuais. 

At dawn they sleep

"The last thing what you´ll see is the hunger in my eyes"

Não me lembro muito bem da reação que eu tive ao ouvir essa musica pela primeira vez, só sei que eu fiquei boqueaberto. Devo ter pensando algo do tipo: caralho, essa musica é morbida pra cacete! 
 Não era como o thrash metal que eu estava acostumado a ouvir: rapido, simples e direto. Era musica lenta, muito morbida, e que criava uma atmosfera totalmente obscura e satanica. 
A primeira coisa q veio a minha mente foi a imagem de um monte de pessoas acorentadas descendo por um corredor até o abismo preenchido por rios de lava e sangue. A introdução e o riff principal lembram uma escada, uma descida ao desconhecido e ao obscuro. Vejo chamas e escuridão. Dos 3 minutos em diante, a atmosfera da musica muda para revelar o seu apcie. Então, aos 4:18 nos deparamos com este orgasmo patologico e doentio: conhecemos o riff que nos leva as profundezas da mente insana desta musica. Eu vejo corpos de indigentes e hereges sendo mutilados sem dó e piedade por um demonio. Dá pra compreender isto? Acredito que não, mas o mundo que eu criei inspirado por essa musica é extremamente desagradavel, o q me proporcionou uma experiencia no minimo interessante. Se você ouvir as tres primeiras musicas do Slayer, eu garanto que a loucura irá acomete-lo. Não tenho duvida disso! As duas musicas que antecedem essa, mantem o carater morbido e fascinante deste album.



Crypts of Eternity



Ai está uma musica que conheci a pouco tempo. Eu tinha baixado um Hell Awaits que não tinha essa musica em especial, e por muito tempo, nem sabia que ela existia. Quando ouvi pela primeira vez, lembro q estava tentando trocar as cordas do meu violão...Quando ouvi eu tinha pensando: caralho, por que eu não tinha ouvido essa musica antes!? Aquele grito sepulcral no final da musica...Isso ficou marcado em mim por muito tempo...Parecia o grito de agonia de mil demonios!

Bonus: Tormentor


Todo o album Show no mercy era especial para mim...Sempre valorizei mais os dois primeiros albuns do Slayer, tao ofuscados e ocultados pela fama e pelo reconhecimento do Reign Blood. Alias, o Reign Blood é um album muito subestimado...Eh um album monótono, medíocre...Podia ser uma demo só com duas musicas: O Angel of Death e a Raining Blood.

O que me chama a atenção no debut do slayer eh a fusão de heavy metal com thrash metal. Alguns veem neste trabalho do Slayer como uma reles copia do Iron Maiden - ate o Kerry King acha isso - todavia, para mim, este album tem um som bem original e peculiar. Algo que o Slayer não voltaria a realizar novamente. Em breve eu farei uma resenha sobre o Show no Mercy, agora eu vou meditar sobre uma musica muito interessante: Tormentor.

Ha muitas musicas com esse nome no thrash metal, mas eh o Tormentor do Slayer que eu mais aprecio. Eu sempre me identifiquei com essa musica, pois ela foi feita para peregrinos noturnos como eu. Essa musica nao saia de minha mente quando eu andava por uma floresta num final de tarde chuvoso e bucólico. Sem falar nas muitas vezes que essa musica foi a unica companhia que eu tinha em minhas peregrinações pelas ruas desertas na calada da noite. Andar pelas ruas de sua cidade a noite eh sempre um desafio, pois antes você tem que superar o medo que ficou em seu subconsciente com todas as pessoas a sua volta conspirando contra a noite e seus encantos. Essa musica foi composta para ouvir de noite. A primeira vez que eu a ouvi eu comecei a lembrar de todas as minhas peregrinações errantes pela madrugada. Uma musica que consegue fazer este resgate merece meu respeito, como merece também, estar na quarta surreal.



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