sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Svartesmeden og Lundamyrstrollet - Quarta Surreal

Eu estava inspirado, então, viz essa quarta surreal na sexta mesmo...
Eis aqui a minha interpretação sobre essa grande musica!






O ferreiro e o troll de Lundamyr

 Numa cidade viking, nas margens de um fiorde noruegues, a maioria dos homens do vilarejo, partem com seus barcos para irem lutar em terras distantes. Os trolls, então, aproveitam a chance para citiar e dominar a cidade, levando escravos consigo. Os poucos que conseguem fugir do saque dos trolls, organizam a resistencia para retomar a cidade. O pequeno exército insurgente, no caso, é constituido por mulheres e adolescentes, alem de alguns poucos homens liderados por um ferreiro que, ja tendo lutado em algumas batalhas, usa sua experiencia em combate para treiná-los. Depois de um mês de preparativos, eles decidem atacar o vilarejo dominado pelos trolls, e assim reconquistar a cidade. Eles atacam pelo cair da noite, surpreendendo os trolls, forçando-os a se retirar do vilarejo. Com a reconquista da cidade, os prisioneiros que são libertados logo se juntam ao exército de resistencia, tendo em mente que outro ataque troll seria iminente. Nesse meio tempo, o ferreiro e o carpinteiro do vilarejo trabalharam em dobro em prol dos esforços de guerra, conveccionando espadas, arcos e flechas, e armadruas. O ferreiro também treinava o seu exército improvisado o quanto podia, ajudando também nas barricadas feitas para repelir os Trolls.

 Um Drakkar...

Depois de dois dias de preparativos, os trolls finalmente atacam, todavia, com uma força muito maior do que no primeiro ataque. Graças as armadilhas, emboscadas e pela inteligente estratégia elaborada pelo ferreiro, os vikings conseguem fazer os trolls recuarem até a floresta de onde vieram. Mesmo com a vitória, mais da metade daqueles que lutaram na batalha pereceram, o que preocupou o ferreiro que logo convocou uma reunião com todos do vilarejo que tinham restado para decidir o que fariam: continuar resistindo até os soldados retornarem de batalha, ou sair da cidade, procurando abrigo em outra, e eventualmente, fazendo uma aliança militar contra os trolls. Eles sabiam que não resistiriam muito tempo ao cerco empreendido pelos trolls, e já estava faltando comida na cidade. A segunda alternativa era a mais razoavel, todavia, a outra cidade ficava muito distante e eles teriam que cruzar um território dominado pelos trolls, ou seja, eles poderiam ser exterminados no caminho.


Eles então preferem arriscar a segunda alternativa, deixando a cidade dois dias depois da batalha. Mulheres, crianças, e idosos, marcham por aquele trecho perigoso, levando consigo apenas o que conseguisem carregar. No segundo dia de caminhada, eles são surpreendidos por uma emboscada, onde quase todos os soldados remanescntes da batalha que ocorrera 4 dias atrás, são mortos ou levados como prisioneiros. O ferreiro tenta fugir com sua filha, até um rio ali perto. Porem, ele se vê diante de um troll, que tenta intercepta-lo. Ele o esfaqueia com a espada, e continua fugindo até que tem que lutar com outro troll que corre em sua direção. A luta é veroz, porem, o ferreiro é vencido. O troll finca sua espada em sua barriga, e chama o resto do batalhão para comemorar a morte do lider da resistencia. Sua esposa corre até seu corpo, mas é impedida por um troll que a agarra. Sua mulher, histérica, gritava de tanta tristeza e se depatia nos braços do troll. A comemoração dos trolls é interrompida por uma coisa que eles mau conseguiam acreditar: o espirito de Gunnar estava subindo lento e vagarosamente para o alto. Todos ali pararam as pirraças, as humilhações aos derrotados e apenas assitiam aquilo admirados. Se a cena não fosse impressionante o bastante,  ao chegar numa certa altura do solo, o espirito do ferreiro é visto sendo levado pelas Valquirias até os portões de Valhalla. Os trolls, perplexos, deixam as armas cairem no chão, surpreendidos. Então, todos os Trolls ficam de joelhos ao homem que foi aceito por Odin em Asgard.

O peculiar acontecimento foi o suficiente para convencer o chefe dos Trolls a fazer um funeral digno da honra do homem que tinham acabado de matar. No dia seguinte, eles o cremam num barco, e neste mesmo dia, os guerreiros do vilarejo voltaram da batalha e se depararam com uma cena curiosa: os trolls fazendo um pacto de não-agressão com o vilarejo, como também, um pacto de colaboração em tempos de guerra. O fato de ter um navio em chamas também chamou bastante atenção deles, até que um dos guerreiros perguntou: "Quem foi o homem que foi pra Valhalla?". Um dos Trolls respondera: "Aquele que uniu os trolls aos homens, o homem que mostrou que há um guerreiro dentro de cada mulher e de cada criança. Seu espirito já foi aceito pelos deuses, basta a nós apenas dar um funeral digno".

Cronologia de eventos:

0:30 - Algumas esposas do vilarejo insistem aos seus maridos a não irem lutar, pois tinham um mal presentimento que algo ruim iria acontecer...Eles são irredutiveis e não a dão ouvidos.
0:57 - Ultimos preparativos para a embarcarem no Drakkar que os espera.
1:30 - Muitos homens do vilarejo partem de Lundamyr pela manhã, para se reunir com outros clãs aliados numa guerra no sul.
1:47 - Ataque supressa dos Trolls á cidade 12 horas depois que os guerreiros do vilarejo partiram. 
2:00 - Fuga dos sobreviventes liderados pelo ferreiro Gunnar Balstrom. 
2:26 - Os trolls são surpreendidos pelo exército composto por adolescentes e mulheres de Gunnar, e batem em retirada. 
2:40 - Preparativos para um ataque troll iminente. Armadilhas são feitas ao longo da floresta, estacas de madeiras são colocadas ao longo dos limites da pequena cidade. 
2:50 - Os trolls tentam retomar a cidade, mas sem êxito. Houve muitas perdas para ambos os lados. 
3:17 - Final da batalha e os sobreviventes do vilarejo se reunem para decidir se continuam resistindo as constante pilhagens empreendidas pelos trolls, ou caminham pela perigosa floresta que os separa por milhas de cidades de tribos aliadas. 
3:43 - Inicio da longa marcha pela floresta.
4:10 - Eles começam a andar por um trecho bem perigoso da floresta, e Gunnar começa a disconfiar que algo irá acontecer...
4:48 - Emboscada dos Trolls. Uma luta violenta toma conta daquela parte da floresta. 
6:00 - Gunnar é morto. 
6:31 - O espirito de Gunnar começa a levitar no ar.
7:07 - As valquirias começam a leva-lo para a Valhala. Os trolls e os sobreviventes do vilarejos ficam hipnotizados sem acreditar no que vêem.
7:53 - Os trolls, demonstrando respeito pelo morto, carregam seu corpo até o vilarejo e constroem um barco para ele.
8:20 - No dia depois de sua morte, ocorre o seu funeral no fiorde de Lundamyr. 
8:30 - De longe, os drakkars surgiam no horizonte. Os guerreiros estavam voltando para casa, e admirados, vêem aquele barco em chamas há algumas centenas de metros do vilarejo.


 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O cinema no meio da floresta

O intuito do meu blog era que ele fosse um blog bastante diversificado, que falasse sobre politica, história, filosofia, cinema, musica...Porem, o blog foi dominado por um mesmo tema, talvez pela minha incopetencia e ignorancia para falar de outros assuntos, e também, por que estou nesta canoa furada e prestes a afundar, sozinho. Enfim, apresento a vocês, um filme que a tanto merecia uma resenha aqui (Desventuras em Série), e outro, que me impressionou muito e que vi bem recentemente (Identidade).

Aviso: essa porra pode ter SPOILERS. .

Desventuras em Série

O filme fala sobre crianças que vivem num mundo de adultos. No mundo inescrepuloso de adultos e seus valores decrépitos. Daria uma boa saga esse filme (considerando que foram escritos doze livros dessa série), todavia, só fizeram um filme, e bem resumido. Eu não li os livros da saga, mas fico atentado a isso...


Enfim, é neste mundo ardiloso e hostil, criado pelos adultos e suas convenções, que os irmãos Boudelaire tentam sobreviver, e se não fosse bastante, todos são cumplices da dementia de Conde Olaff, aquele que visa elimina-los o quanto antes, pois, são as unicas crianças no filme, e esse fato os torna hereges que merecem ser perseguidos. Mas qual é a metafora por de trás de Conde Olaff? Ele representa todos os valores que as pessoas aceitam, valores esses que visam suprimir os pensadores e reduzi-los a condição de hereges? Ou ele não passa de um homem de meia idade demente mesmo? A estética do filme nos revela um mundo escuro e cinzento, revelando a metafora que vivemos em tempos sombrios? 

Indentidade


O filme passa basicamente em apenas dois ambientes e em duas situações dispares: numa sala num tribunal, onde há uma audiencia, reunindo 3 advogados, um juíz e um psicologo, e num motel de beira de estrada cheia de desconhecidos. O motel e suas dependencias se tornam uma prisão, já que os envolvidos não podem sair de lá, tendo em vista que todas as pistas que saem daquele lugar estão bloqueadas ou intrasponiveis graças a chuva e as enchentes. E se não fosse o bastante, os personagens estão presos com um assassino, que começa a matar um a um...Durante o filme, várias hipotses vieram a minha cabeça de quem poderia ser o assassino, mas não demorou muito para eu perceber que não seria uma tarefa facil e que o assassino poderia ser qual quer daqueles "prisioneiros".


No final do filme, descobrimos que aquilo era uma prisão onde todas as personalidades de um mesmo homem estavam presas, a prisão, em suma, é sua mente que abriga outros sujetios, personalidades dispares. Como e por que ele criou essa realidade para si se confundindo com as suas criaturas? Se pensarmos bem, isso é uma caracteristica bem comum no homem, pois ele cria algo e depois se confunde na coisa que criou, se tornando até a sua criatura, se tornado dependente do que criou. Dos valores mais louvaveis que encontramos em nós mesmos, por exemplo, nós exaltamos esses valores e o trasnformamos numa idéia de ser supremo, de artifice que reina em um mundo supra-sensivel, quando esse ser supremo não passa de uma abstração humana que ousou elevar as qualidades humanas mais louvaveis na condição de um Deus.

O filme é uma amostra interessante como a mente humana tem um capacidade criativa impressionante e ele também reserva questões pertinentes a filosofia da mente e a psicanalise, compensando o minimalismo formal do filme: dois cenários, que se passam no mesmo dia, um na mente do prisioneiro e outra na sala no tribunal...
 Admiro a habilidade do diretor em nos surpreender até os ultimos minutos do filme, o que é uma qualidade louvavel e dificil de se conseguir, tendo em mente a quantidade de filmes que você pode adivinhar a sua história logo nos primeiros minutos. Ele não é um filme convencional, e nos surpreende, que o final seja tão ensolarado, "feliz", e ao mesmo tempo, guardar uma chocante revelação.